Ontem a noite vimos a reportagem especial da Sic Colónia de férias para cegos , fiquei feliz por eles, pelos relatos, porque tiveram oportunidade de fazer, experimentar.
Quando vi a rapariga a dizer que gostava de ver só durante 5 minutos caiu-me tudo, senti-me pequena e fútil por as vezes desejar coisas que não lembra a ninguém - mas o ser humano é assim, só damos valor as coisas quando nos deparamos com outra realidade.
A descrição do rapaz da sensação de andar de bicicleta, foi linda. Adoro andar de bicicleta, aprendi na bicicleta da minha prima, tinha 14 anos, nós não tínhamos bicicleta. É uma sensação de liberdade que não sei explicar. Via-se que ele estava feliz.
Fiquei triste porque não pode ser algo que possam fazer mais vezes. Acredito que os pais não o fazem porque não podem. Sei as dificuldades do dia-a-dia, as lutas de quem vive com o dinheiro contado e nós éramos crianças sem algum tipo de limitação física.
Senti-me impotente. Gostava mesmo que a nossa realidade fosse outra, que houvesse mais ajuda, mais dinheiro, mais apoios, para ajudar quem realmente precisa. Não fiquei triste por achar que eles são coitadinhos - até porque não acho que sejam- mas sim por não terem meios para viver/ter/fazer o que qualquer criança quer e gosta de fazer.
Edna Morais *
Quando vi a rapariga a dizer que gostava de ver só durante 5 minutos caiu-me tudo, senti-me pequena e fútil por as vezes desejar coisas que não lembra a ninguém - mas o ser humano é assim, só damos valor as coisas quando nos deparamos com outra realidade.
A descrição do rapaz da sensação de andar de bicicleta, foi linda. Adoro andar de bicicleta, aprendi na bicicleta da minha prima, tinha 14 anos, nós não tínhamos bicicleta. É uma sensação de liberdade que não sei explicar. Via-se que ele estava feliz.
Fiquei triste porque não pode ser algo que possam fazer mais vezes. Acredito que os pais não o fazem porque não podem. Sei as dificuldades do dia-a-dia, as lutas de quem vive com o dinheiro contado e nós éramos crianças sem algum tipo de limitação física.
Senti-me impotente. Gostava mesmo que a nossa realidade fosse outra, que houvesse mais ajuda, mais dinheiro, mais apoios, para ajudar quem realmente precisa. Não fiquei triste por achar que eles são coitadinhos - até porque não acho que sejam- mas sim por não terem meios para viver/ter/fazer o que qualquer criança quer e gosta de fazer.
Edna Morais *
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